O pior Comercial da história - Elenco



Nada nessa vida acontece por acaso. A queda do Comercial para a Série A3 do Campeonato Paulista tem explicação. Foi uma tragédia anunciada.

Te convido, nesta série de três matérias, analisarmos profundamente as razões da vergonha ao qual a torcida alvinegra passou.

O elenco

Desde o dia 6 de novembro do ano passado quando o Comercial anunciou seus primeiros reforços (foto acima), até o dia 22 de fevereiro quando anunciou os dois últimos inscritos a competição, o nível dos atletas contratados explica bem a nossa posição na tabela. Vamos ver alguns exemplos.

Já no primeiro dia o Comercial anunciou a contratação do zagueiro Lucão. Talvez, um dos únicos jogadores que tem alguma experiência na divisão, o jogador no ano de 2023 quase não havia atuado profissionalmente, e tão pouco atuou neste campeonato. Neste dia foi anunciado o jovem Andradina, que em tese, por ter sido um dos destaques da bezinha, seria uma das apostas do clube, e além dele outros, como o lateral Léo Santos que, no decorrer do campeonato acusou uma contusão no pé, que o impediu de jogar várias partidas. 

Depois disso o clube seguiu montando o seu elenco. Jogadores foram chegando, como o atacante Fidel Rocha, queridinho do treinador, que nos últimos dois anos, em 50 partidas marcou apenas três gols. Nada mal para um centroavante (contém ironia). Outros jogadores, como lateral esquerdo Igor Miranda, que na sua coletiva de apresentação já disse que iria usar o clube como trampolim (a julgar pelas suas atuações...). Houveram também jogadores que chegaram, foram apresentados, e depois saíram do clube sem ter feito uma única partida, como foi o caso do meia Mateus Farinha e do volante Michelon.

Percebeu-se que o elenco do Comercial aquela altura era um elenco frágil. Porém, tanto a comissão técnica como a diretoria (serão citadas mais a fundo nas próximas matérias), alegavam que estes atletas eram bons, e mesmo que não fosse conhecido da imprensa e dos torcedores, tinham qualidades para levar o clube há uma campanha de destaque no campeonato. 

Entretanto todos viam que faltava peso no elenco. O presidente prometeu em entrevistas as "cerejas do bolo" que não chegaram, a exceção do volante Claudemir, que vinha sem atuar a um tempo e necessitava de uma pré temporada... Isso já com a competição em curso. 

Várias foram as questões absurdas neste elenco. O Comercial chegou a contratar um jogador, o centroavante Lucas Carvalho, que nem chegou a ser registrado no campeonato porque vinha de um quadro de inflamação no púbis. Chegou a contratar um jogador da bezinha, atacante Gledson, que chegou fora de forma e da mesma forma não foi inscrito. Contratou um volante da Ponte Preta sub-20, João Lucas, que também não chegou a ser registrado mas com contrato com o clube todos eles receberam seus vencimentos.

Quando a situação já estava caótica, e o clube lutava contra o rebaixamento ao invés de reforços de qualidade os que foram contratados também deixaram muito a desejar. Jogadores que nunca tiveram um contrato profissional como os atacantes Lucas Carioca e Herrera, um paraguaio que jogava praticamente um campeonato amador no seu país. Jogadores de clubes que estavam disputando o rebaixamento em outros estados, como Valdeir no Maranhão e Pedrinho em Sergipe. Contrataram um jogador que era reserva na bezinha do ano passado o atacante Vitão, que era reserva da União São João de Araras e que foi trazido pelas mãos do ex-atacante do rival, Clebinho. 

Diante disto que foi exposto, e de tantas outras coisas que poderíamos falar nesta matéria, não foi surpresa nenhuma a campanha ridícula que o Comercial protagonizou neste campeonato. São jogadores fracos, sem qualidade, sem vontade, que não estão no nível de jogar o campeonato amador da cidade, mas que foram contratados para disputar um dos estaduais mais difíceis do Brasil. 

Talvez uma ilustração de tudo o que foi falado ocorreu neste último final de semana no jogo contra o Taubaté. Os dois gols que foram tomados no jogo pareciam aqueles jogos quando amigos se reúnem para uma pelada de final de semana e ao término da partida, já cansado, os peladeiros não dão combate e deixam o adversário fazer o que querem. A torcida do Leão foi humilhada por esses jogadores que não tem a mínima condição de representarem um clube na grandeza do Comercial. 

Lanterna da competição. Em 14 jogos, zero vitórias, cinco empates e nove derrotas. É o pior elenco que vestiu a camisa do Comercial na história.

Amanhã seguimos, falando sobre a comissão técnica.

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